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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Doar o campo público ao Colo-Colo é improbidade administrativa.

Radialista e Bacharel em Direito
 Renê Sampaio - DRT 6319
A Lei 8.429/92 veda em seu artigo 10 e enseja responsabilidade por improbidade administrativa ao gestor que ceder ou desviar a finalidade do bem comum por ação ou omissão, e, o inc. II, da citada lei, torna ato de improbidade quem: permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie. Cujo ato se consolida inclusive para pessoas jurídicas que tenham fins educativos ou assistências. (confira a lei aqui).

Pergunta-se: Qual a causa, razão ou circunstância de um clube profissional de futebol procurar um campo de uma cidade distante 64 km da sua sede para treinamento? Qual a resposta social, moral ou financeira que a sociedade cedente terá? Por que o Colo-Colo não utiliza o estádio Mario Pessoa, em Ilhéus (sua sede)?

A grama do campo do Estádio Municipal de Una tem sofrido com o longo período de estiagem e não suportaria um jogo sequer. Um campo que a sociedade não tem acesso, salvo se atletas disputantes de alguma competição amadora patrocinada pela municipalidade ou pela liga, servir a uma entidade privada que têm fins lucrativos, isto é no mínimo imoral. E acreditamos que as autoridades públicas não deferirão o quanto postulado pelo Colo-Colo, de Ilhéus.

O Colo-Colo é um clube de futebol profissional, portanto, seu papel não é do promover, exclusivamente, a diversão ou entretenimento social, mas a ampliação do capital social de seus sócios, desta forma, já poderia ter sua sede própria para treinamentos. Muito diferente, o Estádio Municipal de Una foi construído com recursos públicos cuja finalidade primordial é a promoção da diversão e integração social de seus munícipes, através do esporte. Difere assim, as finalidades de cada setor.

Na hipótese de cessão do campo para treinamento do particular, seria, possível que qualquer empresa utilizasse o espaço público para promover o treinamento ou a diversão de seus funcionários? Certamente, que a resposta principal seria a da negativa, mesmo porque o campo do Estádio Municipal é guardado a sete chaves e de “poucos amigos”.

Numa análise simples e vigorosa, sem resquício de mágoa ou maquiagem e isenta de qualquer interesse, advertimos as autoridades públicas que não conceda o espaço público ao particular, principalmente, quando este espaço está com dificuldades técnicas. Ademais, seria um ato ímprobo que contraria a Constituição, especialmente, quanto ao princípio da moralidade, contido no art. 37. Os esportistas e desportistas precisam está atentos a esta possibilidade e repudiar este ato, acaso ele ocorra.  

Nidão: Um autêntico servidor público

Foi motivo de elogios por parte de funcionários e clientes do Posto São José, em Una, a atitude do servidor público municipal, Ivanildo dos Santos Leão. As referências elogiosas se deram em face de Nidão, mesmo com em período facultativo estabelecido pela mandatária do município, ter reservado um tempo para cuidar pessoalmente do carro que ele dirige e que serve ao Conselho Tutelar.

Embora seja uma atribuição do servidor público cuidar do patrimônio, é muito difícil testemunhar servidor cuidar bem de seus instrumentos de trabalho. A atitude do servidor deveria ser uma regra, mas infelizmente é uma exceção, tendo em vista que na maioria das vezes não se observa o zelo do servidor para com o patrimônio público, disse Magno, gerente do Posto. 

Diversos motoristas de carros públicos são vistos em excesso de velocidade, dirigindo com desatenção e não cuidam, nem mesmo do interior do veículo que trabalham. Carros que já foram comprados na atual administração estão quebrados por culpa e responsabilidade exclusiva do servidor que não procura proteger o patrimônio. Noutra gestão houve até flagrante de um cachorro sendo transportado no interior de uma ambulância, na região ao Acuípe.

Prefeita Diane ampliará o Davi Pinheiro

A prefeita Diane Rusciolelli mandou publicar edital de processo licitatório para contratação de empresa com o objetivo de construir três salas de aula na Unidade de Ensino Davi Pinheiro, bairro Marcel Ganem. No local também serão construídos dois sanitários. 

A gestora tem se posicionado no sentido de implantar o sistema de turno integral aos alunos da rede municipal de ensino e no distrito de Outeiro será instituído, ainda este ano, o novo sistema. Uma escola do Estado que estava fechada, foi adquirida pelo município para administrar do imóvel.

Outeiro será a primeira escola em turno integral de ensino do município de Una e deve abraçar alunos do Rio Doce, Ribeirão das Varas e zona rural circunvizinhas ao distrito. As crianças terão o ensino regular e reforço no turno oposto. Serão servidas, no mínimo, três refeições aos alunos.

Outras licitações estão abertas que devem ser conferidas no site oficial do município ou clicando aqui.