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sábado, 23 de fevereiro de 2008

A queda de um imperador

Pelo radialista Renê Sampaio – DRT 6319
A queda de um império é ao longo dos anos traçado e desejado pelos seus plebeus, aspirantes de uma nova oportunidade e com novas personagens na sociedade real, e na democracia não tão diferente assim. No Estado Democrático, a força é traduzida pelas Legislações organizadas e fiscalizadas por um estado organizado em três poderes.

O povo brasileiro testemunhou a subida da rampa do palácio em Brasília do que seria uma nova solução aos problemas sociais, econômicos e políticos do país, porém o mesmo povo foi as ruas, incitado por um classe de magnatas, e retirou à força da Lei o seu rei, utilizando um julgamento político através do Congresso Nacional.

O anseio das camadas mais pobres no cenário de um teatro chamado Brasil é o minimo de luz, um pouco de água e um pedaço de pão para se alimentar após um cansativo show de realidade da vida, e quando esses atores não são contemplados com esses benefícios, eles se chateiam, e mesmo voltado a cena, prometem nunca mais voltar.

Os diretores das peças conquistam facilmente os autores e atores, pois estes, os atores e os autores dependem do espaço para demonstrarem suas artes e precisam se alimentar e beber da água para ajudar engolir e digerir o pão seco, e as vezes até dormido, e assim se segue o teatro da vida no teatro chamado Brasil.

A cidade de Una tem cometido o crime de plagiar estas cenas e vem sofrendo com um péssimo diretor, que mal ilumina o teatro, e, embora ofereça conforto aos visitantes, não dispõe de recursos de audiovisuais nem pratica a integrações entre os autores, atores e figurantes, deixando todos no mesmo nível, inclusive sem os seus cachês.

Ainda bem que o povo brasileiro vive num regime de democracia e não é precisa trazer uma cena de força para a realidade. Os atores, autores e figurantes podem se unir e recursar ao público telespectador para que deixem de apreciar o espetáculo, para que o seu diretor caia numa real e se entregue ao desprezo.

Muitos membros da sociedade unenses estão pasmo com tanta elegância e com o sorriso largo no rosto de seu diretor, que ainda acredita e aposta numa impunidade, inclusive pregando isso a seus correligionários plebeus, que comemoram e até queimam fogos de artifícios e dão derrames de cerveja, acreditando na inocência do seu rei.

No outro lado de membros do teatro, esse chamado Una, há um pouco de conforto, por se ter hoje um Poder Judiciário mais independente e transparente em suas ações, bastante preocupado na aplicação da justiça, e também fiscalizado pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo Ministério Público, senão seria necessário o uso da “força” para se fazer justiça.