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sexta-feira, 16 de março de 2007

Máfia do Crédito Consignado, ouvido pelo MP alguns dos envolvidos.

Uma junta formada por quatro Promotores de Justiça ouviram, na ultima quarta (14) e Quinta-feira (15) de março vinte e cinco (25) pessoas no escritório do Ministério Público na Cidade de Una. Todavia deixaram de ser ouvido o Sr. Denival Santos Pinto, serventuário da justiça que foi ouvido pelo promotor da Comarca de Itajuípe, Selma Rodriguês, que apresentou atestado médico de um sanatório pelo período de oito (08) dias e o Prefeito Sr. José Bispo Santos “Zé Pretinho” que usou de suas prerrogativas para ser ouvido na Procuradoria Geral da Justiça em Salvador.

O prefeito ao ser entrevistado por uma repórter de uma rede de televisão, afirmou desconhecer as denuncias apontadas o que prontamente suas argumentações foram rechaçada pelo Dr. Valmiro Macedo, “ele sabe muito bem dos fatos, muito mais do que todos nós”. O Ministério Público deve diligenciar a alguns órgãos em busca de “todo tipo de documentação, para deixar o mais claro possível” declarou a Dr Leila Adriana Figueiredo.

O Sr. Antonio Bispo dos Santos “Mili”, que é irmão do prefeito e ex-Secretário de Finanças como o Sr; Allan Frizzo Milanez, genro do Prefeito e ex-Chefe de Tributação e Arrecadação procurando de certa forma dificultar as investigações não autorizaram a quebra de seus respectivos sigilos bancários, entretanto isto não será problema uma vez que o Ministério Público deva requerer essa diligencia ao judiciário.

A Srª Wandeildes Hens dos Santos, chefa do Setor de Turismo da Prefeitura e sobrinha do prefeito, não chegou a ser notificada pelo MP, uma vez que ao ser procurada pelo Oficial de Justiça, não foi localizada, nem mesmo em sua residência. Curioso também foi à situação da empresária Srª. Selma Rodriguês, apresentando atestado medico expedido por um sanatório (Hospital de Loucos), portanto não chegando a ser ouvida.

Os envolvidos de certa forma tentaram brindar o chefe do executivo, tendo inclusive um deles dito que o valor do empréstimo fora um erro de calculo do banco, sendo o banco alertado pela prefeitura, que corrigiu e adequou o valor a realidade de cada um dos envolvidos. Um outro disse que nada assinou e ao receber o dinheiro entregou a uma senhora que estava preste a morrer, não divulgando seu nome aos promotores temendo que essa senhora fosse a óbito ao ser chamada a depor no MP. Todos afirmaram terem recebidos o empréstimo, porém afirma que não pagaram nenhuma parcela do financiamento.

Um fato lamentável foi o destaque negativo pela falta de humanidade demonstrada pelo Sr. Joselito Soares, Diretor do Departamento de Pessoal, que deve três irmãos, uma sobrinha e sua mãe envolvida na máfia, contudo ao menos ele, Zelito, acompanhou sua genitora ao fórum da cidade, que inclusive ficou bastante emocionada com a situação. “Ele diz que é crente, e fez isso com a mãe, imagine se não fosse!”, afirmou um dos parentes envolvidos bastante indignado com a crise, que aquela senhora de quase setenta (70) anos estava submetida.

A presença do prefeito para consolidar-se com os seus compatriotas foi bastante questionada pelo público que estavam ali presentes, “vejam vocês que até Oto, que está chateado com o que está ocorrendo com OB, se fez presente para solidarizar com seu filho, e Zé nem aqui compareceu. Que camarada ele?”. Também esteve prestando solidariedade a seus parentes envolvidos Américo Cristino e Aldo Parada.

A segurança foi reforçada por policiais da CAERC (Companhia Especial de Proteção a Região Cacaueira) e um grupo especial da Polícia Civil de Ilhéus. O reforço se fez necessário uma vez que houve tumulto na sessão da Câmara de Vereadores do dia 06 de março 07, quando os vereadores Antonio Silva e Nilton Nogueira, pleiteavam argumentar sobre os fatos em plenário, sendo obrigado o Presidente da Casa a suspender a sessão do dia ultima 13 de março.